Hospital de São João
O treino de profissionais para as manobras necessárias e a utilização devida do equipamento de protecção fazem parte do plano de contingência que o Hospital de São João, no Porto, elaborou para responder a casos de Ébola.
Carlos Alves, infecciologista e coordenador da Unidade de Prevenção e Controlo de Infecção do Hospital de São João, disse à Lusa que o facto da Organização Mundial de Saúde (OMS) ter hoje decretado o estado de emergência mundial de saúde pública não obriga a alterações dos procedimentos daquela unidade hospitalar.
“O nosso plano estava estabelecido, continua com os mesmos parâmetros para responder a casos suspeitos ou de doença”, disse o infecciologista de um dos três hospitais de referência em Portugal. Os outros dois são o Curry Cabral e o Dona Estefânia, em Lisboa.
Desde Março que o hospital tem vindo a preparar-se para responder a uma eventual procura de casos suspeitos ou de doença, tendo adquirido para tal algum material de protecção.
Ao nível dos recursos humanos, Carlos Alves disse estar previsto o aumento do número de profissionais ou o desvio para os sectores mais necessários, sempre que tal for preciso, mas garantindo “a sua segurança”.
Para o infecciologista, a declaração de estado de emergência mundial de saúde pública pela OMS significa que quem está no terreno vai dando indicações de que há a probabilidade dos casos aumentarem.
Carlos Alves considera que o Hospital de São João está preparado para responder a eventuais casos suspeitos ou de doença pelo vírus do Ébola, nomeadamente ao nível do tratamento de suporte que pode ser oferecido a estes doentes e que pode “fazer a diferença entre a vida e a morte”. “Infelizmente não há um medicamento específico para a doença”, disse.
Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge
O presidente do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) garante o laboratório de referência em Portugal está em estado de “prontidão permanente” e com capacidade para responder aos despistes do vírus do Ébola que os hospitais solicitarem.
Fernando Almeida disse à Lusa que o facto da Organização Mundial de Saúde (OMS) ter decretado o estado de emergência mundial em saúde pública não vai, para já, levar a alterações nos procedimentos do INSA.
“Estamos perfeitamente organizados e em estado de prontidão, 24 sobre 24 horas”, disse Fernando Almeida, recordando a resposta que o instituto tem dado em outros surtos, como o dengue, o vírus de Marburg (Ébola) ou o da gripe.
Aos laboratórios do INSA chegarão as colheitas para analisar a presença, ou não, do vírus do Ébola.
Segundo Fernando Almeida, este instituto tem um plano de contingência, no qual está previsto, sempre que necessário, o reforço de meios humanos e de equipamentos (como reagentes).
Para já, a única coisa que se prevê aumentar nos próximos tempos são os contactos com instituições como a Direcção-Geral da Saúde ou o Ministério da Saúde, disse.
Direção-Geral de Saúde
A Direção-Geral de Saúde vai divulgar hoje à tarde uma posição concertada com os parceiros europeus sobre a declaração do estado de emergência mundial de saúde pública.
Sou do tempo em que, na Zona Centro, não se conhecia a grelha de avaliação curricular, do exame final da especialidade. Cada Interno fazia o melhor que sabia e podia, com os conselhos dos seus orientadores e de internos de anos anteriores. Tive a sorte de ter uma orientadora muito dinâmica e que me deu espaço para desenvolver projectos e actividades que me mantiveram motivada, mas o verdadeiro foco sempre foi o de aprender a comunicar o melhor possível com as pessoas que nos procuram e a abordar correctamente os seus problemas. Se me perguntarem se gostaria de ter sabido melhor o que se esperava que fizesse durante os meus três anos de especialidade, responderei afirmativamente, contudo acho que temos vindo a caminhar para o outro extremo.