Nova tecnologia permite extrair pedras dos rins em um ou dois minutos
DATA
30/01/2015 10:21:08
AUTOR
Jornal Médico
ETIQUETAS



Nova tecnologia permite extrair pedras dos rins em um ou dois minutos

Lima_Prof_Estevao_(Uro)

Uma equipa liderada pela Universidade do Minho (UMinho) criou uma tecnologia que permite extrair pedras dos rins em apenas um ou dois minutos, dispensando ainda o uso de radiação, foi ontem divulgado.

Em comunicado, a UMinho explica que a tecnologia utiliza um campo electromagnético para navegar com segurança uma agulha para punção do rim.

“Após os testes em animais, espera-se avançar para ensaios nos humanos a partir do próximo ano”, acrescenta.

Segundo Estêvão Lima, professor da Escola de Ciências da Saúde da UMinho, extrair pedras nos rins demora actualmente duas horas e “depende muito quer da experiência do cirurgião quer do uso de radioscopia, que pode ter consequências sérias de radiação no doente e no cirurgião”.

Na prática, pica-se com uma agulha de 20 centímetros na zona lombar do paciente, abrindo caminho aos instrumentos cirúrgicos para a remoção.

“Mas a técnica que agora criámos é mais rápida, menos invasiva e permite ver no ecrã do computador a rota que a agulha deve seguir”, resume Estêvão Lima, também cientista do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde e director do serviço de Urologia do Hospital de Braga.

O novo processo, que demora em média um a dois minutos, facilita ainda a tarefa a médicos menos experientes e aumenta a segurança dos procedimentos.

O projecto decorre em parceria com o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e já foi testado em animais.

Os investigadores estão a aperfeiçoar o sistema com o fim de obter o certificado para futuros testes em pessoas.

Caso estes venham a ser bem-sucedidos, espera-se que o primeiro produto seja patenteado e chegue às salas de operações a partir de 2016.

A pesquisa venceu o 1º Prémio no Simpósio da Associação Portuguesa de Urologia, foi eleita para as melhores comunicações do Congresso Europeu de Urologia 2014 e tem sido publicada em revistas científicas internacionais.

As pedras nos rins afectam uma em cada 200 pessoas, sobretudo os homens.

Por favor faça login ou registe-se para aceder a este conteúdo

SNS: para quando uma mudança win-win?
Editorial | Inês Rosendo, Direção da APMGF
SNS: para quando uma mudança win-win?

Não podemos ser indiferentes ao descontentamento dos médicos nos tempos que correm, nunca vi tantos médicos a dizerem pensar sair ou desistir do que construíram. Desde médicos de família que pensam acabar com as suas USF, por não verem vantagem em continuarem a trabalhar no sentido da melhoria contínua (e até sentirem que os desfavorece) até médicos hospitalares a querer deixar de ser diretores de serviço, sair do sistema público e/ou, até, reformar-se antecipadamente. Tudo o que foi construído parece à beira de, rapidamente, acabar.

Mais lidas