Cientistas espanhóis desenvolvem nova técnica que permite detecção de enfartes
DATA
28/05/2015 16:22:07
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Jornal Médico
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Cientistas espanhóis desenvolvem nova técnica que permite detecção de enfartes

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Cientistas espanhóis desenvolveram uma técnica que analisa, por ressonância magnética nuclear, as partículas de sangue que contêm colesterol, triglicerídeos e outros lípidos, conhecidos como lipoproteínas, num método que possibilita detectar um enfarte.

Esta investigação é um dos temas que concentra o interesse dos 400 cientistas que participam no XXVIII Congresso Nacional da Sociedade Espanhola de Arteriosclerose, a decorrer desde terça-feira em Logronho, Espanha, e que termina na sexta-feira.

Segundo Luis Masana, catedrático de medicina na Universidade Rovira e Virgili, de Tarragona, esta nova técnica apresenta “muitas vantagens” no que diz respeito aos parâmetros utilizados actualmente pelos médicos para caracterizar o risco de enfarte ou cardiovascular dos pacientes, noticia a agência Efe.

Luis Masana afirmou que esta tecnologia, que possibilita mais do que a simples medição do colesterol, estava implantada há muitos anos no Japão e em Nova Iorque, mas que agora foi melhorada do ponto de vista tecnológico.

O colesterol, afirmou Luis Masana, "não depende só das suas concentrações, mas também da forma como se agrega ao plasma", originando as lipoproteínas, que "podem variar em tamanho, concentração e forma", acrescentando que, "até agora não era possível determinar estas particularidades" e que com esta nova técnica obtém-se uma visão mais ampla e, sobretudo, há uma melhoria da detecção do risco cardiovascular num paciente.

Durante o congresso, Masana, destacou ainda a oportunidade que os médicos têm de utilizar esta técnica, que “não é excessivamente cara”, é muito prática e dá uma imagem clara do que ocorre com a gordura do sangue.

Durante o congresso trataram-se diferentes aspectos relacionados com a arteriosclerose, que se origina quando o excesso de colesterol que circula no sangue tende a depositar-se nas paredes das artérias, explicou à Efe o presidente do comité organizador deste encontro científico, Ángel Bre, referindo que, em função da localização das artérias afectadas, esta doença origina variados problemas, como, por exemplo, anginas de peito, enfartes do miocárdio, tromboses cerebrais, doença arterial periférica, aneurisma aórtico, isquemia intestinal, entre outros.

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