Mais consultas e cirurgias nos primeiros quatro meses do ano
DATA
06/07/2015 17:40:45
AUTOR
Jornal Médico
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Mais consultas e cirurgias nos primeiros quatro meses do ano

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Os dados da atividade assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS), enviados à nossa redação através de uma nota de imprensa da ACSS, revelam que, de janeiro a abril de 2015, houve um crescimento da atividade realizada nos cuidados de saúde primários, nomeadamente em termos de consultas médicas domiciliárias (mais 1,7 por cento), presenciais (mais 0,5 por cento) e de Enfermagem (mais 0,9 por cento), comparativamente com o mesmo período de 2014. A atividade hospitalar também registou um aumento de produção, com destaque para a atividade cirúrgica (mais 1,4 por cento) e as consultas externas (mais 1,5 por cento).

De janeiro a abril de 2015, 4.475.968 utilizadores de cuidados de saúde primários realizaram mais de 10,2 milhões de consultas, menos 0,2 por cento que em 2014, segundo consta no mesmo comunicado.

Até abril de 2015, os hospitais do SNS realizaram 4,2 milhões de consultas registando um aumento de 1,5 por cento (+ 66.887 consultas) face a 2014. O total de primeiras consultas foi de 1,2 milhões e quase 3 milhões nas consultas subsequentes, valores também superiores aos registados em igual período de 2014.

O valor global de consultas prestado pelo SNS, quer ao nível hospitalar, quer dos cuidados de saúde primários, foi de 14.384.275 consultas.

Cirurgias em crescendo

Ainda de acordo com a nota de imprensa, verifica-se que nos primeiros quatro meses de 2015 manteve-se a tendência de elevados padrões de desempenho ao nível da atividade cirúrgica. Foram realizadas mais 2.707 intervenções cirúrgicas do que em igual período de 2014 (mais 1,4 por cento).

Continua a verificar-se um crescimento gradual das cirurgias de ambulatório, sendo que 58,2 por cento das intervenções realizadas entre janeiro e abril ocorreu neste regime, com ganhos efetivos para a conveniência do utente.

Mais consultas ao domicílio e de Enfermagem

Ainda em relação às consultas, destaca-se o aumento de 1,7 por cento da atividade médica realizada no domicílio. Verificou-se, no entanto, uma diminuição de 2,2 por cento de consultas médicas não presenciais, fator que, segundo os dados disponibilizados, é influenciado pelo aumento do peso das receitas eletrónicas renováveis, com ganhos de comodidade para os utentes e de gestão para os prestadores de CSP.

O aumento já indicado das consultas de Enfermagem registadas até abril de 2015 (0,9 por cento) equivale a mais 45 mil consultas, num total de cerca de 5 milhões de consultas de Enfermagem nos primeiros quatro meses deste ano.

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