O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos de Santarém vai ser recebido na terça-feira pela Comissão da Saúde da Assembleia da República na sequência da petição pública sobre a prestação de cuidados de saúde na Lezíria do Tejo.
Augusto Figueiredo, do MUSP, disse à Lusa que a petição, que recolheu 4.582 assinaturas, foi aceite pelo parlamento, tendo o movimento sido chamado para uma reunião com a comissão, em preparação da discussão em plenário.
A petição, cuja recolha de assinaturas se iniciou no final de 2014 e se estendeu por 2015, surgiu dada a degradação da prestação de cuidados de saúde na região, em particular pela situação das Urgências e do Bloco Operatório do Hospital de Santarém, mas também pela falta de recursos humanos e materiais, tanto no hospital como nos centros de saúde.
Em causa estava também a publicação da portaria que determina critérios de categorização e classificação dos hospitais e que previa o encerramento da maternidade do hospital de Santarém, disse.
Na preparação da audição com a Comissão da Saúde da Assembleia da República, o MUSP reuniu-se na passada sexta-feira, 8 de janeiro, com a coordenadora do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Lezíria, para atualizar os dados referentes a utentes sem médico de família e à carência de profissionais e de outros recursos, adiantou.
Lusa/Jornal Médico
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Não podemos ser indiferentes ao descontentamento dos médicos nos tempos que correm, nunca vi tantos médicos a dizerem pensar sair ou desistir do que construíram. Desde médicos de família que pensam acabar com as suas USF, por não verem vantagem em continuarem a trabalhar no sentido da melhoria contínua (e até sentirem que os desfavorece) até médicos hospitalares a querer deixar de ser diretores de serviço, sair do sistema público e/ou, até, reformar-se antecipadamente. Tudo o que foi construído parece à beira de, rapidamente, acabar.