A Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM) avançou recentemente à Lusa ter apresentado queixa no Ministério Público (MP) por uma “suspeita de possível SMS [mensagem] fraudulento” onde é pedido o pagamento de taxas moderadoras aos utentes.
“Apresentou queixa no Ministério Público e preveniu os utentes para eventuais situações idênticas”, disse.
Contactada pela Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou a receção, por parte o MP, de uma denúncia relacionada com estes factos.
“A mesma deu origem a um inquérito, que se encontra em investigação na secção de Matosinhos do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto”, revelou.
Para alertar os utentes para esta situação, o hospital publicou mensagens de aviso na página oficial e nos LCD do sistema de gestão de atendimento.
“Procedeu ainda ao envio de SMS onde informa que a ULSM não cobra taxas moderadoras em dívida por essa via”, referiu.
A ULSM frisou que a “intenção” é avisar os utentes, sem alarmar, e prevenir situações futuras que possam vir a ocorrer.
A edição do JN da passada sexta-feira revelou que utentes do Hospital de Matosinhos e dos centros de saúde do concelho andam a receber mensagens, via telemóvel, para pagar taxas moderadoras em dívida.
“Foi no início do mês que uma utente recebeu a primeira mensagem a cobrar taxas moderadoras em nome da ULS de Matosinhos. Pedia-se uma pequena quantia e ameaçava-se com coimas. O pagamento devia ser feito via multibanco – para tal, era fornecida uma entidade e uma referência bancária. A mulher pagou”, lê-se.
Lusa/Jornal Médico