Mais de 6.200 cheques para diagnóstico do cancro oral foram emitidos desde o início do funcionamento do programa, tendo sido já realizadas mais de 900 biópsias.
Segundo dados da Ordem dos Médicos Dentistas hoje divulgados, entre março de 2014 e o final desse ano foram emitidos 2.401 cheques-diagnóstico, número que cresceu em 2015 para 3.836 cheques emitidos.
O Programa de Intervenção Precoce de Cancro Oral arrancou em março de 2014, tendo havido na altura alguns problemas com o sistema informático de emissão dos cheques. Ainda assim, só nesse ano foram realizadas 269 biópsias ao abrigo do programa.
O número de biópsias mais que duplicou em 2015, quando se realizaram 661 biópsias.
Dos 3.836 cheques para diagnóstico emitidos no ano passado foram utilizados 1.421. Destes, 703 deram origem a um cheque para biópsia, tendo sido usados 661.
“Queremos que a taxa de utilização cresça para os níveis do programa cheque-dentista. É importante que os médicos de família sejam mais proactivos na divulgação do programa junto dos seus doentes, sobretudo os que têm mais de 40 anos e são fumadores e/ou consumidores de álcool, que são quem apresenta maior risco de cancro oral”, refere a Ordem dos Médicos Dentistas num comunicado de balanço do programa feito hoje, Dia Mundial de Luta Contra o Cancro.
Das 661 biópsias realizadas em 2015, houve resultado positivo para cancro oral em 23 casos, doentes que são encaminhados para o Instituto Português de Oncologia de referência. Outros 49 resultados apontaram para biópsias potencialmente malignas.
A região Norte foi a que apresentou mais casos positivos (16) e potencialmente malignos (34), como já tinha acontecido em 2014.
Dados da Federação Dentária Internacional indicam que, em 2012, ocorreram em todo o mundo 229 mil casos de cancro oral, tendo provocado mais de 145 mil mortos.
A taxa de sobrevivência do cancro oral a cinco anos ronda os 50%, uma das mais baixas de todos os cancros.
Lusa
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Não podemos ser indiferentes ao descontentamento dos médicos nos tempos que correm, nunca vi tantos médicos a dizerem pensar sair ou desistir do que construíram. Desde médicos de família que pensam acabar com as suas USF, por não verem vantagem em continuarem a trabalhar no sentido da melhoria contínua (e até sentirem que os desfavorece) até médicos hospitalares a querer deixar de ser diretores de serviço, sair do sistema público e/ou, até, reformar-se antecipadamente. Tudo o que foi construído parece à beira de, rapidamente, acabar.