Mais de 6.200 cheques para diagnóstico do cancro oral emitidos em menos de dois anos
DATA
04/02/2016 13:08:10
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Jornal Médico
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Mais de 6.200 cheques para diagnóstico do cancro oral emitidos em menos de dois anos

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Mais de 6.200 cheques para diagnóstico do cancro oral foram emitidos desde o início do funcionamento do programa, tendo sido já realizadas mais de 900 biópsias.

Segundo dados da Ordem dos Médicos Dentistas hoje divulgados, entre março de 2014 e o final desse ano foram emitidos 2.401 cheques-diagnóstico, número que cresceu em 2015 para 3.836 cheques emitidos.

O Programa de Intervenção Precoce de Cancro Oral arrancou em março de 2014, tendo havido na altura alguns problemas com o sistema informático de emissão dos cheques. Ainda assim, só nesse ano foram realizadas 269 biópsias ao abrigo do programa.

O número de biópsias mais que duplicou em 2015, quando se realizaram 661 biópsias.

Dos 3.836 cheques para diagnóstico emitidos no ano passado foram utilizados 1.421. Destes, 703 deram origem a um cheque para biópsia, tendo sido usados 661.

“Queremos que a taxa de utilização cresça para os níveis do programa cheque-dentista. É importante que os médicos de família sejam mais proactivos na divulgação do programa junto dos seus doentes, sobretudo os que têm mais de 40 anos e são fumadores e/ou consumidores de álcool, que são quem apresenta maior risco de cancro oral”, refere a Ordem dos Médicos Dentistas num comunicado de balanço do programa feito hoje, Dia Mundial de Luta Contra o Cancro.

Das 661 biópsias realizadas em 2015, houve resultado positivo para cancro oral em 23 casos, doentes que são encaminhados para o Instituto Português de Oncologia de referência. Outros 49 resultados apontaram para biópsias potencialmente malignas.

A região Norte foi a que apresentou mais casos positivos (16) e potencialmente malignos (34), como já tinha acontecido em 2014.

Dados da Federação Dentária Internacional indicam que, em 2012, ocorreram em todo o mundo 229 mil casos de cancro oral, tendo provocado mais de 145 mil mortos.

A taxa de sobrevivência do cancro oral a cinco anos ronda os 50%, uma das mais baixas de todos os cancros.

Lusa

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