Campanha de Sensibilização: Cabo Verde quer prevenir doenças transmitidas por mosquitos
DATA
25/07/2016 19:22:35
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Jornal Médico
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Campanha de Sensibilização: Cabo Verde quer prevenir doenças transmitidas por mosquitos

Cabo Verde

Cabo Verde lançou, no último sábado, uma campanha nacional de sensibilização e prevenção contra doenças transmitidas por mosquitos que vai decorrer antes, durante e depois da época das chuvas que se aproxima.

A campanha, orçada em 176 mil euros, consiste no reforço das atividades de sensibilização e limpeza dos bairros em todos os municípios do país, que enfrenta uma epidemia do vírus, com quase 7.600 casos suspeitos e 14 casos de microcefalia.

Tendo em conta a epidemia de dengue, (vírus transmitido pelo mesmo mosquito), ocorrida em 2009, que afetou mais de 20 mil pessoas e fez seis mortos e lembrando a atual epidemia da febre-amarela em Angola, um país com frequentes ligações aéreas a Cabo Verde, o que aumenta o risco de transmissão da doença no arquipélago, atualmente vulnerável, o Ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, garantiu que todas as medidas de prevenção estão a ser tomadas, nomeadamente nos aeroportos, através da vacinação dos passageiros e da vigilância e controlo de entradas e saídas, processo que fica a cargo das delegacias de saúde.

O Ministro acredita que as doenças transmitidas por mosquitos são uma "ameaça" mundial e, em particular, em Cabo Verde, uma vez que o país é suscetível ao mosquito e proliferação dos transmissores, acrescentando que estas testam a capacidade de resposta do país e requerem "ações concertadas, incisivas e permanentes" que envolvam todas as entidades nacionais.

Por sua vez, o Ministro do Ambiente, Gilberto Silva, referiu que estas epidemias não causam apenas impacto a nível da saúde, mas também a nível ambiental, provocando ainda um "grande problema económico" ao país, e apelou à necessidade de tomar medidas em termos de melhorias do saneamento básico, gestão dos resíduos sólidos, das águas pluviais, das casas e de informação à população, para que esta seja parte da solução, resolvendo-se os problemas numa “visão holística”.

Já o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, referiu que estas epidemias constituem uma "ameaça à qualidade de vida das pessoas e à economia do país", cujo motor é o turismo. Neste sentido, o responsável afirmou que o processo deve envolver vários parceiros, como a comunicação social, as escolas, as organizações e as associações da sociedade civil, as câmaras municipais, as famílias ou as igrejas, salientando que muitos dos fatores que geram as doenças provocadas por mosquitos se relacionam com comportamentos e atitudes diários de pessoas e empresas, e exortando à intervenção da autoridade municipal.

Para a efetividade do processo, o chefe daquele Governo referiu que, no orçamento de Estado, aprovado há 100 dias, ficou estipulada a transferência de 60% da taxa ecológica para os municípios poderem ter recursos para o saneamento, recolha de lixo e drenagem das águas pluviais.

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