Évora: Governo quer lançar concurso para construção de novo hospital em 2017
DATA
24/10/2016 12:52:27
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Jornal Médico
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Évora: Governo quer lançar concurso para construção de novo hospital em 2017

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O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, anunciou no passado sábado que o Governo quer avançar, no próximo ano, com a construção do novo Hospital Central de Évora, após decidir o seu modelo de financiamento.

O titular da pasta da saúde falava aos jornalistas à margem de uma sessão de esclarecimento do PS sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2017, que decorreu no Palácio D. Manuel, em Évora.

“Há que estabilizar o modelo de financiamento” da construção da nova unidade hospitalar, uma decisão que “tem sido discutida no seio do Governo” e que “no primeiro semestre de 2017 estará resolvida”, afirmou.

O governante referiu ainda que a discussão está centrada em dois modelos, um de “financiamento direto” e outro que “é feito através de um financiamento por parceria público-privada apenas infraestrutural”.

Questionado sobre a possibilidade de o lançamento do concurso internacional para a construção do novo Hospital Central de Évora ocorrer durante o próximo ano, Adalberto Campos Fernandes respondeu afirmativamente.

No capítulo dedicado à Saúde, o Orçamento de Estado para 2017 refere que, em articulação com o Ministério das Finanças, serão lançados os projetos dos hospitais de Évora, Lisboa Oriental e do Seixal.

Considerando que o futuro hospital é “um objetivo estratégico do país”, o ministro apontou a sua necessidade “porque a estrutura atual é muito disfuncional e envelhecida”.

Já em abril de 2010, durante o segundo Governo de José Sócrates, havia sido assinado o contrato para a elaboração do projeto técnico do novo edifício entre a administração do hospital de Évora e o consórcio liderado pelo arquiteto Souto Moura.

Mas, em agosto de 2011, o então ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou, em declarações à Lusa, que a construção do novo hospital ia ser reavaliada pelo Governo, tendo em conta “a realidade do país”, voltando, em maio de 2015, a considerar avançar com o projeto, mas sem se comprometer com datas para o início da obra.

Quando foi lançada, em 2010, a nova unidade estava projetada para ter uma capacidade de 351 camas, extensível a 440, num investimento previsto na ordem dos 94 milhões de euros.

A área de influência de primeira linha do novo hospital abrangia 150 mil pessoas, dos 14 concelhos do distrito de Évora, enquanto numa segunda linha seriam servidas 440 mil pessoas dos restantes 33 concelhos do Alentejo (Portalegre, Beja e Alentejo Litoral).

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Editorial | Joana Torres
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