Leia o artigo de opinião da autoria de António Alvim, especialista de Medicina Geral e Familiar, na USF Rodrigues Migueis, a propósito do cancro colorretal e da importância dos rastreios e da prevenção.
No Dia Europeu de Luta contra o Cancro do Intestino, assinalado a 3 de novembro, a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) reforça a importância do rastreio para a prevenção do segundo cancro mais mortal a seguir ao do pulmão, o do cancro colorretal (ou cancro do cólon e reto ou cancro do intestino), que mata mais de quatro mil portugueses por ano, ou seja, mais de 10 pessoas por dia, podendo os números serem evitados por ser uma doença tratável e com forte possibilidade de cura.
O tromboembolismo venoso (TEV) associado ao cancro é cada vez mais prevalente e estima-se que afete um quinto de todos os doentes oncológicos, de acordo com dados do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT)1. Uma pessoa com cancro tem um risco superior de desenvolver um coágulo venoso2, sendo a trombose a segunda causa de morte em doentes com cancro, apenas superada pela evolução do próprio tumor. No Dia Mundial da Trombose, que se assinala anualmente a 13 de outubro, a LEO Pharma alerta para a estreita relação entre os episódios de tromboembolismo e o cancro.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED) alertam a população para a importância do rastreio ao cancro colorretal e apelam às autoridades de saúde para a necessidade de retomar o programa organizado.
A CUF Oncologia anunciou que vai reforçar as Vias Verdes de Diagnóstico, em todos os seus Hospitais, entre os dias 1 e 15 de julho, numa ação denominada “Hoje ainda não é tarde”.
A incidência de casos de cancro colorretal está a aumentar em pessoas com menos de 50 anos em pelo menos sete países desenvolvidos, embora esteja a diminuir ou a estabilizar na população mais velha.
Os valores mais elevados de mortalidade por cancro colorretal tendem a localizar-se nas regiões d Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e do Alentejo, revela um estudo que será hoje divulgado.
O Governo Regional da Madeira quer rastrear, já no próximo ano, 100% dos grupos de risco dos cancros de colo do útero e colorretal.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.