No que respeita ao consumo de tabaco, os profissionais de saúde portugueses, em geral - e os médicos em particular - não se comportam como modelos: não fumam menos, não estão mais motivados para deixarem de fumar nem deixam de fumar mais cedo do que a população geral. Da mesma forma, não atuam como líderes de saúde pública no controlo do tabagismo. De facto, não relatam atitudes mais positivas, nem uma maior concordância com as políticas abrangentes de proteção ao fumo ambiental de tabaco do que o resto da população, nem tão pouco participam regularmente em atividades de controlo de tabagismo. Uma realidade que poderá justificar a mudança limitada da norma social em relação ao tabaco que verifica em Portugal. As conclusões vêm inscritas na tese de doutoramento da pneumologista Sofia Ravara, aprovada com 20 valores... Que em entrevista ao nosso jornal destaca os principais achados da sua investigação
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.