A Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) defende que o Estado deve comparticipar as duas novas vacinas contra a pneumonia já disponíveis em Portugal para reforçar a proteção imunológica a idosos com 65 ou mais anos e pessoas a partir dos 18 anos com comorbilidades.
A partir de hoje, está disponível o Pneumoscópio, uma ferramenta de representação geoespacial que permite mapear o número de internamentos e mortalidade por pneumonia ou meningite, em Portugal Continental. Em entrevista ao Jornal Médico, o especialista em Medicina Geral e Familiar e coordenador do GRESP – Grupo de Doenças Respiratórias da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Rui Costa, sustenta que “a experiência dos últimos anos tem provado as vantagens da georreferenciação da informação em saúde, em especial na área da prevenção”.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a pneumonia mata uma média de 16 pessoas num dia, ou seja, uma pessoa a cada 90 minutos. No Dia Mundial da Pneumonia, hoje assinalado, o MOVA (Movimento Doentes Pela Vacinação) reforça a importância da imunização, na redução do número de infetados e consequentes mortes em Portugal.
Mais de 300 doentes com Covid-19 em Portugal foram já tratados, desde março, com o medicamento antiviral remdesivir, da farmacêutica Gilead, indicado para adultos e adolescentes com pneumonia que necessitem de oxigénio suplementar, anunciou hoje a empresa.
Num período em que Portugal pode estar a enfrentar uma segunda vaga de Covid-19, a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), em parceria com o Hospital de Santa Maria - Porto, lança uma campanha de oferta de vacinas conta a doença pneumocócica, com o objetivo de reforçar a imunidade nos grupos de risco. Esta Bolsa de Vacinas foi criada para apoiar quem está mais fragilizado perante a doença.
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse ontem que só com recomendação técnica será introduzida no Programa Nacional de Vacinação (PNV) a vacina contra a pneumonia, que pneumologistas defendem que devia ser gratuita para os idosos.
O Movimento Doentes Pela Vacinação (MOVA) alerta que “a população não se está a vacinar contra doenças graves como a Pneumonia”, apelando a que se retomem práticas de prevenção.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.