O exercício da prática médica, quando – e deveria ser sempre! – é assumido com o profissionalismo e com a humanidade que Abel Salazar sempre sublinhou e nos recordou, não só nos gratifica e dignifica, como nos lembra de uma realidade em que vivemos, dura, dissonante e exigente.
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Não podemos ser indiferentes ao descontentamento dos médicos nos tempos que correm, nunca vi tantos médicos a dizerem pensar sair ou desistir do que construíram. Desde médicos de família que pensam acabar com as suas USF, por não verem vantagem em continuarem a trabalhar no sentido da melhoria contínua (e até sentirem que os desfavorece) até médicos hospitalares a querer deixar de ser diretores de serviço, sair do sistema público e/ou, até, reformar-se antecipadamente. Tudo o que foi construído parece à beira de, rapidamente, acabar.