Estes tempos de Covid-19 devem fazer-nos refletir no nosso trabalho e em como podemos melhorá-lo, prestando um melhor serviço de saúde à população. Os médicos de família viram-se forçados a gerir a sua agenda de uma forma inédita, onde a consulta não presencial ocupou a maioria do tempo, com recurso à teleconsulta e à consulta via email. Muita coisa ficou suspensa. Nas unidades de saúde familiar, muitos indicadores não vão ser alcançados em 2020 devido ao inimigo invisível que nos atingiu. Muito vai ser o trabalho que vamos ter para recuperar o que não foi realizado. Mas será que esta nova realidade não despertou um novo método de trabalho que pode ser benéfico para o SNS?
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Não podemos ser indiferentes ao descontentamento dos médicos nos tempos que correm, nunca vi tantos médicos a dizerem pensar sair ou desistir do que construíram. Desde médicos de família que pensam acabar com as suas USF, por não verem vantagem em continuarem a trabalhar no sentido da melhoria contínua (e até sentirem que os desfavorece) até médicos hospitalares a querer deixar de ser diretores de serviço, sair do sistema público e/ou, até, reformar-se antecipadamente. Tudo o que foi construído parece à beira de, rapidamente, acabar.