Leia o artigo de opinião da autoria de Nelson Carvalho, Ortopedista cirurgião de coluna, diretor do Centro de Responsabilidade Integrada de Coluna do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (Cri Coluna do CHULC); Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa da Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV), a propósito do Dia Internacional para a Consciencialização da Escoliose, assinalado a 24 de junho.
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Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.