Para dar continuidade à primeira parte do “Todos os caminhos levam à morte. Perca-se.”, publicado na edição anterior do Jornal Médico, Rui Ceradas regressa com o tópico relativo aos doentes com hepatice C. Saiba mais na edição 143 do Jornal Médico.
Esta frase é uma citação de Jorge Luís Borges, nascido na Argentina em 1899 e um dos grandes nomes da literatura sul-americana, acompanhando-me neste segundo artigo dedicado à Hepatite C.
Na verdade a hepatite C, não é mais um caminho para a morte, mas precisamos de identificar as pessoas e orientá-las para tratamento precocemente.
Com a Hepatite C, o caminho não tem que levar à morte, antes deve iniciar-se com o seu diagnóstico!
Por favor faça login ou registe-se para aceder a este conteúdo
Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.