Raul Marques Pereira, assistente graduado em Medicina Geral e Familiar (MGF), comenta as novas guidelines da European Society of Hypertension (ESH), sobretudo, naquilo que concerne aos Cuidados de Saúde Primários (CSP). No seu entender, estas guidelines são "um passo em frente" e "trarão seguramente um impacto positivo na abordagem prática da hipertensão e no desenvolvimento de estratégias locais de alto nível de resolução". Saiba mais na edição 144 do Jornal Médico.
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Nos últimos tempos, temos assistido ao êxodo crescente de médicos, em geral, e Especialistas de Medicina Geral e Familiar, em particular, do Serviço Nacional de Saúde, uns por aposentação e outros por optarem por sair da função pública, ou até pela emigração. A rigidez da tutela, o excesso de burocracia, a falta de material e equipamento nas unidades, as carreiras e salários completamente desfasados da realidade, entre outros, são fatores que vão afastando os médicos. Em algumas zonas do país é desolador o cenário de Centros de Saúde sem médicos, unidades com mais de 9 000 utentes, e apenas um médico ao serviço. Dando o exemplo do meu ACeS, numa zona geográfica e socio-económica até agradável, no último concurso de recrutamento médico, de 41 vagas, apenas 7 foram preenchidas! Onde ainda se vai percebendo alguma estabilidade e capacidade de retenção dos profissionais é, efectivamente, nas Unidades de Saúde Familiar modelo B.