Cada vez mais vamos ouvindo falar de conceitos que para muitos ainda são abstratos no contexto da sexualidade, identidade de género e orientação sexual. O reconhecimento, mas acima de tudo, o conhecimento, por parte da sociedade, das diferenças de cada um tem implicações importantíssimas no dia a dia desta população e têm sido feitos esforços no sentido de verem os seus direitos reconhecidos e acesso às mesmas oportunidades que qualquer outra pessoa.
Sou do tempo em que, na Zona Centro, não se conhecia a grelha de avaliação curricular, do exame final da especialidade. Cada Interno fazia o melhor que sabia e podia, com os conselhos dos seus orientadores e de internos de anos anteriores. Tive a sorte de ter uma orientadora muito dinâmica e que me deu espaço para desenvolver projectos e actividades que me mantiveram motivada, mas o verdadeiro foco sempre foi o de aprender a comunicar o melhor possível com as pessoas que nos procuram e a abordar correctamente os seus problemas. Se me perguntarem se gostaria de ter sabido melhor o que se esperava que fizesse durante os meus três anos de especialidade, responderei afirmativamente, contudo acho que temos vindo a caminhar para o outro extremo.