O ano que se aproxima do seu final não foi, para ninguém e em parte alguma, um ano que deixe saudades.
Para que se fale mais do que é realmente eficaz no combate à pandemia um médico de medicina familiar lançou uma petição pública “em sentido inverso”, apelando para a cooperação do “único órgão de soberania” capaz de a travar: os portugueses.
Colegas, nesta semana dedicada ao antibiótico, se me permitirem gostaria de vos contar um pouco da minha história com estes fármacos.
Diria que a pandemia que marca esta década criou desafios insondáveis e nos confrontou – enquanto cidadãos, sociedades, serviços públicos de saúde e outros similares e Estados – com o verdadeiramente inesperado, impensável e incerto.
Os cuidados de saúde primários (CSP) começam 2020 sob sinais perturbadores da continuidade da falta de investimento e de atenção política.
Os últimos meses foram vividos por todos nós num contexto absolutamente anormal e inusitado.
Atravessamos tempos difíceis, onde a nossa resistência é colocada à prova em cada dia, realidade que é ainda mais vincada no caso dos médicos e restantes profissionais de saúde. Neste âmbito, os médicos de família merecem certamente uma palavra de especial apreço e reconhecimento, dado o papel absolutamente preponderante que têm vindo a desempenhar no combate à pandemia Covid-19: a esmagadora maioria dos doentes e casos suspeitos está connosco e é seguida por nós.