A MSD Portugal vai promover o primeiro Congresso Virtual Acute Care. Trata-se de uma iniciativa que decorre, exclusivamente, em ambiente digital para profissionais de saúde, entre os dias 29 de junho e 2 de julho.
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, reconhece que o número de anestesistas é insuficiente, mas realçou que a quantidade destes especialistas médicos tem aumentado e está a "evoluir positivamente".
O Governo dos Açores anunciou hoje a abertura de um concurso para recrutar 42 médicos, de várias especialidades, para os três hospitais e oito unidades de saúde no arquipélago, por ser “premente fazer face ao crescente número de aposentados”.
A autorização para abertura dos procedimentos de recrutamento no âmbito das entidades públicas empresariais no setor da Saúde foi hoje publicada no Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores e há agora um prazo de três meses para se realizar.
O executivo açoriano adiantou que a abertura das 42 vagas resultou do levantamento das necessidades efetuado junto dos serviços de saúde. Onze vagas destinam-se à categoria de medicina geral e familiar nas Unidades de Saúde de ilha de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Faial, Pico, Corvo, São Jorge e Flores.
Quanto aos três hospitais açorianos, distribuídos pelas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial, pretende-se recrutar especialistas de Ortopedia (três), Cardiologia (dois), Cirurgia Geral (dois), Medicina Interna (dois), Anestesiologia (dois), Nefrologia (dois), Patologia Clínica (dois), Pediatria (dois), Psiquiatria (dois), Radiologia (dois), Pneumologia (um), Infecto-contagiosas (um), Medicina Intensiva (um), Urologia (um), Otorrinolaringologia (um), Gastrenterologia (um), Estomatologia (um) e Cirurgia Vascular (um)
Sem prejuízo das restrições em vigor no país, o Governo dos Açores argumenta que “não se pode descurar que o número de médicos na categoria de assistente graduado sénior”, por ser “fundamental no âmbito do internato médico, para efeitos de reconhecimento da idoneidade formativa dos serviços e estabelecimentos”.
Para além disso, faz notar que a existência de um maior ou menor número de médicos detentores desta categoria “influencia decisivamente” o funcionamento dos serviços integrados no Serviço Regional de Saúde.
A médica portuguesa Mafalda Ramos Martins, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), recebeu o prémio de "Melhor instrutora europeia de anestesiologia", foi hoje anunciado.
O prémio foi atribuído no Congresso da Sociedade Europeia de Anestesiologia, que decorreu em Berlim, entre sábado e terça-feira.
A premiada, que é responsável pela formação dos médicos internos de Anestesiologia do CHUC, agradeceu a confiança em si depositada pela direcção do serviço.
“O prestígio do reconhecimento europeu pela excelência do ensino da Anestesiologia no nosso hospital coloca Portugal na liderança europeia da formação e ensino desta especialidade e facilita a internacionalização do conhecimento aqui gerado", considerou.
Também a directora do serviço de Anestesiologia do CHUC, Clarinda Loureiro, que acompanhou Mafalda Ramos Martins na cerimónia de atribuição do prémio, manifestou a sua “profunda alegria pelo reconhecimento internacional a uma destacada médica” da sua equipa.
O presidente do conselho de administração do CHUC, Martins Nunes, enviou felicitações à médica, dando conta do seu “regozijo pela atribuição deste prémio, corolário do ensino de excelência que caracteriza o serviço de Anestesiologia” do centro hospitalar.
Segundo o CHUC, estavam a concurso representantes de vários países europeus, tendo as candidaturas sido avaliadas por um júri internacional pertencente aos órgãos decisores da Sociedade Europeia de Anestesiologia.
Este centro hospitalar tem actualmente em formação 42 internos da especialidade, sendo o maior centro de formação de internatos de Anestesiologia do país.
Durante o Congresso Europeu de Anestesiologia, o serviço de Anestesiologia do CHUC apresentou 35 trabalhos científicos provenientes da investigação clínica que realizou.
A Ordem dos Médicos denunciou ontem que faltam mais de 450 anestesiologistas em Portugal, um número que poderá diminuir em dois terços até 2020 se forem criadas condições para fixar estes especialistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os números constam do Censos Anestesiologia – 2014, um estudo elaborado pelo colégio de especialidade de Anestesiologia, com o objectivo de conhecer a realidade desta especialidade médica em Portugal, que foi ontem apresentado.
Os directores dos serviços de anestesiologia dos hospitais públicos, num total de 52 instituições, afirmam que ao todo existem menos 467 anestesiologistas do que os necessários para cobrir os cuidados anestésicos do país, “valor esse que se prevê possa ser reduzido em cerca de dois terços até 2020”.
No entanto, para alcançar este número, tem que estar reunido um conjunto de premissas: a aposentação dos especialistas aos 66 anos de idade, a entrada na especialidade de 64 internos por ano, a não saída de anestesiologistas dos hospitais do SNS para o estrangeiro ou para os privados nos próximos cinco anos.
Contempladas estas condições, em 2020 haverá “mais 300 anestesiologistas que os actuais 1.254, aumentando assim em cerca de 25% os actuais recursos humanos desta especialidade nos hospitais do SNS”.
O problema é que é precisamente a ausência destas premissas que está a funcionar como um entrave à existência de mais especialistas destes no SNS.
Segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, a falta de condições nos hospitais públicos tem levado médicos a saírem às centenas com reformas antecipadas mesmo com penalização.
Além disso, os profissionais são aliciados a ganhar mais no privado, pelo que “é preciso aliciar os profissionais a ficar no SNS, acrescentou, referindo ainda que “é preciso estancar a emigração”.
O responsável sublinhou que o Governo pressiona para haver maior formação de anestesiologistas – o que demonstra consenso sobre o défice destes profissionais – “mas não cria condições competitivas para ficarem no SNS”.
No próximo ano haverá 80 novos anestesiologistas que estão agora a acabar a especialidade, mas “o Estado demora muito a coloca-los no mercado”.
“A máquina governativa e do Estado não é capaz de dar resposta eficaz e urgente” a estes jovens, acrescentou.
O estudo aponta para a necessidade de alargar a área de intervenção de anestesiologistas para além do bloco operatório, principalmente na área da medicina da dor, da medicina de emergência e intensiva, e nos cuidados pós-operatórios.
A mortalidade pós-operatória continua a ser uma importante preocupação de saúde pública, já que 30% a 50% dessas mortes seriam evitáveis, destaca.
Os dados relativos à organização e recursos humanos constantes do estudo referem-se à semana entre 12 e 18 de Maio de 2014, enquanto os resultados operacionais se reportam ao ano 2013.
Neste âmbito, o censos registou 595.185 cirurgias realizadas nas 52 instituições públicas, das quais 82,8% foram programadas e, destas, 43,5% em regime de ambulatório.
Realizaram-se ainda 110.668 procedimentos com anestesia fora do bloco operatório, 279.205 consultas de anestesia (que representam 60% de toda a cirurgia programada) e 99.153 consultas de dor crónica.
Foram ainda identificadas 44.956 analgesias de parto, que corresponderão a cerca de 65% dos partos ocorridos nos serviços de obstetrícia.
O estudo destaca ainda a actual taxa de feminização na área de anestesia (75% são mulheres), em linha com o que se vem verificando em toda a medicina.
DATA: 8 a 9 de Maio
LOCAL: Coimbra
A primeira edição das Jornadas de Anestesiologia do Centro (JAC) decorre nos dias 8 e 9 de Maio, no Hotel Vila Galé, em Coimbra. O centro é uma zona que "concentra elevado número de profissionais com reconhecida competência técnica e científica", explica a Dra Clarinda Loureira, presidente das jornadas.
Sob a organização dos serviços de Anestesiologia dos Centros Hospitalares Baixo-Vouga, Leiria, Tondela-Viseu e Universitário de Coimbra, este será um evento científico de organização regional que pretende ser de âmbito nacional.
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A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.