O número de histerectomias (retirada do útero) em Portugal baixou 23,8 por cento na última década, em parte por solicitação das mulheres que querem preservar o seu corpo intacto e devido a uma maior sensibilização da classe médica.
De acordo com o presidente da Federação das Sociedades de Obstetrícia e Ginecologia, Daniel Pereira da Silva, que falava durante um encontro com jornalistas sobre a “Saúde da Mulher”, em 2004 foram realizadas 12.046 histerectomias e 9.294 em 2014.
“Cada vez mais mulheres têm consciência e defendem a integridade do seu corpo”, disse o médico, que dirigiu o serviço do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra.
Por outro lado, também se regista uma “maior sensibilidade da classe médica” para a preservação do útero, optando os clínicos por outras soluções, nomeadamente medicamentosas.
“Estamos mais conservadores, principalmente ao nível dos miomas que, no passado, resultavam em histerectomias”, adiantou.
A título de exemplo, Daniel Pereira da Silva referiu que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou, em 2004, 916 histerectomias e, dez anos depois, esse número baixou para as 655.
Os miomas justificaram 530 destas intervenções (em 2004) e 233 em 2014.
As histerectomias aumentaram por razões oncológicas, passando de 63 em 2004 para 78 em 2014 e devido a prolapso urogenital (de 124 para 154).
Em relação aos miomas uterinos – que atingem cerca de dois milhões de mulheres em Portugal, a maioria dos quais assintomáticos e, por isso, sem necessitar de intervenção – os tratamentos passam pela terapêutica com agonistas GnRH ou pelo acetato de ulipristal, substância que tem reduzido o tamanho dos miomas.
Este fármaco é comparticipado a 37% pelo Serviço Nacional da Saúde (SNS), sendo gratuito nos hospitais públicos.
A Gedeon Richter anunciou que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) aceitou o pedido de registo do pegfilgrastim, biossimilar do Neulasta.
O biossimilar pegfilgrastim foi desenvolvido pela Gedeon Richter porém, no âmbito de um acordo de licença e distribuição assinado entre a farmacêutica multinacional e os laboratórios STADA, o medicamente será lançado sob as marcas de ambas as empresas e comercializado na Europa (com exceção da Rússia), após expirar a patente do produto original.
Pegfilgrastim é um medicamento utilizado para reduzir o risco de infeções associadas ao baixo número de neutrófilos nos doentes concológicos tratados com quimioterapia e o objetivo da Gedeon é obter aprovação para as mesmas indicações que tem o produto de referência.
Data: 4 a 6 de Junho
Local: Hotel Solverde, Espinho
A Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG) realiza a 13.ª edição do Congresso Português de Ginecologia, de 4 a 6 de Junho. O encontro nacional de especialistas na área de Ginecologia tem lugar no Hotel Solverde, em Espinho e será presidido pela Dra. Fernanda Águas.
Em 2015 a SPG comemora 40 anos de existência e o congresso coincide com a eleição dos novos órgãos sociais para o próximo triénio. Durante o Congresso serão abordados e discutidos temas da maior actualidade dentro das variadas áreas de interesse da especialidade. O evento conta com palestrantes nacionais e internacionais que conduzirão o debate e a troca de ideias.
Descarregue aqui o programa científico do encontro.
O cartaz pode ser visualizado aqui.
Mais informações no website do congresso.
Secretariado:
Gedeon Richter
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www.admedic.pt
Existem, actualmente, técnicas inovadoras na área da cirurgia ginecológica realizadas de forma minimamente invasiva que trazem inúmeras vantagens para a mulher. Estas técnicas exigem grande treino por parte do cirurgião, que não pode ser realizado em humanos – têm de ser treinadas em modelos inanimados, segundo programas de treino específicos e certificados e em modelos animais, como a ovelha, dado que o aparelho reprodutor é aproximado ao da mulher.
Dado que o Hospital CUF Porto é a primeira instituição portuguesa creditada pela Academia Europeia de Cirurgia Ginecológica para o treino e certificação neste tipo de cirurgia, organiza, nos próximos dias 15 e 16 de Maio, com o apoio da Gedeon Richter Portugal, multinacional farmacêutica que se dedica à saúde da mulher, onde se destaca o tratamento inovador de miomas uterinos, o Curso Avançado em Cirurgia Endoscópica Ginecológica, com o intuito de mais 100 cirurgiões nacionais poderem obter o certificado europeu.
Para além dos treinos em modelos inanimados e em ovelhas, haverá ainda lugar à discussão de vídeos de cirurgias de casos reais, pelos próprios cirurgiões, que vêm de toda a Europa, entre os quais se inclui o presidente da Sociedade Europeia e da Academia Europeia de Cirurgia Ginecológica.
A retirada do útero por laparoscopia, a extracção de miomas e a cirurgia de endometriose são algumas das cirurgias em análise e discussão. Durante o curso será transmitida em directo uma intervenção a partir do Bloco Operatório do Hospital CUF Porto, de uma jovem vítima de uma endometriose grave. A endometriose afecta cerca de 20% das mulheres em idade reprodutiva; é uma doença muito frequente em mulheres jovens e que compromete o futuro reprodutivo da mulher.
A Gedeon Richter e a Evestra anunciaram a assinatura de um acordo de colaboração no âmbito do qual a Gedeon vai providenciar um empréstimo convertível de 4,4 milhões de euros à Evestra. Estes fundos vão permitir à companhia norte-americana acelerar o desenvolvimento do seu pipeline de produtos inovadores na área da saúde da mulher, procurando que avancem mais rapidamente até à fase de ensaios clínicos.
Nos termos do acordo, e volvidos três anos, a empresa húngara pode decidir se o empréstimo é para reembolsar, incluindo os juros vencidos, ou se é para converter numa participação no capital na Evestra.
A Sociedade Portuguesa de Contracepção (SPDC) e a multinacional farmacêutica Gedeon Richter, que patrocina o prémio, abrem hoje, dia 9 de Fevereiro, as candidaturas para o 4º Prémio na área da contracepção e recebem projectos até 31 de Julho. O prémio surge para premiar estudos de investigação na área da saúde sexual e reprodutiva e impulsionar a investigação nacional.
Os autores do trabalho vencedor serão premiados com o montante de seis mil Euros, pelo que se podem candidatar ao prémio, licenciados, profissionais de saúde ou educação na área da saúde sexual e reprodutiva, sócios da SPDC.
A direcção da SPDC afirma que, “Em Portugal, os apoios à investigação são muito escassos. Os profissionais de saúde procuram desenvolver investigação na área da saúde sexual e reprodutiva em condições muito difíceis, pelo que pretendemos que esta iniciativa seja um incentivo à investigação nesta área tão importante na vida da população.”
“Queremos promover a inovação e investigação nacional e continuar a incentivar os profissionais portugueses no desenvolvimento de projectos que permitem criar respostas que vão ao encontro das necessidades da população no que diz respeito à sua sexualidade e saúde reprodutiva”, refere Daniel Pereira da Silva, Medical Advisor da Gedeon Richter Portugal.
A entrega do 4º Prémio em Contracepção, vai decorrer na 5ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Contracepção, que se realiza de 25 a 26 de Setembro de 2015, em Lisboa.
Em 2014, o 3º Prémio em Contracepção foi atribuído ao trabalho “Adolescentes e Contracepção de Longa Duração – Satisfação e continuação no primeiro ano de utilização” ao grupo constituído por Lúcia Correia, Ana Marujo, Inês Antunes, Isabel Martins, Fátima Palma e Maria José Alves da Maternidade Alfredo da Costa.
As candidaturas podem ser enviadas para o e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.. Os trabalhos vão ser avaliados por um júri nomeado pela SPDC, constituído por cinco médicos diferenciados na área da saúde reprodutiva.
O livro “Albino Aroso - um homem à frente do seu tempo” foi ontem apresentado na Sede da Secção Norte da Ordem dos Médicos com o objectivo de lembrar o propulsor das consultas de Planeamento Familiar em Portugal.
O livro, desenvolvido pelo Hospital do Futuro em parceria com a Gedeon Richter, pretende recordar e homenagear uma personalidade que modificou por completo a área da ginecologia em Portugal, tornando-a acessível às mulheres e conferindo-lhes poder de decisão quanto à sua saúde sexual e reprodutiva. A apresentação contou com a presença de várias personalidades como Ana Jorge, ex-ministra da Saúde, Francisco Ramos, presidente do Conselho de Administração do IPO de Lisboa, e Fernanda Águas, presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, que assim homenagearam o pai do planeamento familiar em Portugal.
“Esta homenagem é para mim muito reconfortante, quer em termos institucionais, quer em termos pessoais. A nível institucional é um reconhecimento de todo o trabalho desenvolvido por Albino Aroso em prol da saúde da mulher e da criança. Não conheço maior defensor da mulher. Em termos pessoais foi como um pai que estimulou a minha actividade profissional durante vários anos”, comentou Luís Castanheira Nunes, presidente da Administração Regional de Saúde do Norte.
A obra conta com vários textos elaborados por familiares, amigos e colegas que trabalharam e conviveram com Albino Aroso, ginecologista e antigo secretário de Estado da Saúde. Alguns dos exemplos dos textos contemplados no livro são os de Paulo Macedo, Manuel Ferreira Teixeira, Eurico Castro Alves, Francisco George, José Manuel Silva, Germano Couto e representam entidades como Ministério da Saúde, Infarmed, Direcção-geral da Saúde, Ordem dos Médicos, Ordem dos Enfermeiros, entre outras. Também as várias sociedades e instituições na área da ginecologia se encontram representadas.
Albino Aroso sempre defendeu, ao longo do seu percurso, o poder de decisão das mulheres relativamente ao momento em que desejassem construir família e ter filhos, tendo criado o conceito das consultas de Planeamento Familiar no nosso país. Este foi também o grande responsável pela redução da taxa de mortalidade infantil, posicionando Portugal entre os melhores do mundo a este nível. O livro surge assim como uma homenagem e reconhecimento pela vertente humanista de Albino Aroso, bem como por o seu trabalho perpetuado até aos dias de hoje.
Em Portugal, os cidadãos podem aceder a consultas de Planeamento Familiar nos centros de saúde com equipas multiprofissionais para o esclarecimento das dúvidas e questões no domínio da saúde sexual e reprodutiva.
Legenda da fotografia (da esquerda para a direita): Manuel Estrela – Director-geral da Gedeon Richter, Ana Aroso – Ginecologista Obstetra e filha de Albino Aroso, Ana Jorge – antiga ministra da Saúde, David Magboulé – Consultor principal do Hospital do Futuro.
[caption id="attachment_6280" align="alignleft" width="300"] Em comunicado, a empresa informa que a Comissão Europeia (CE) aprovou a expansão da indicação da variante Tipo II do Esmya 5 mg (acetato de ulipristal) que permite um ciclo repetido de 3 meses de tratamento pré-operatório em todos os países da União Europeia. Esta decisão segue o parecer positivo que o Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) emitiu em Novembro de 2013[/caption]
A Gedeon Richter acaba de anunciar que os comprimidos Esmya 5 mg (acetato de ulipristal) estão agora licenciados para administração até 2 ciclos intermitentes de tratamento de 3 meses para tratamento pré-operatório de miomas uterinos na União Europeia.
Em comunicado, a empresa informa que a Comissão Europeia (CE) aprovou a expansão da indicação da variante Tipo II do Esmya 5 mg (acetato de ulipristal) que permite um ciclo repetido de 3 meses de tratamento pré-operatório em todos os países da União Europeia. Esta decisão segue o parecer positivo que o Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) emitiu em Novembro de 2013.
Refira-se que a aprovação pela CE foi sustentada pelos resultados do estudo PEARL III e na sua extensão. Estes estudos avaliaram a eficácia e segurança de ciclos repetidos intermitentes de 3 meses de tratamento de acetato de ulipristal em indivíduos com miomas uterinos e sangramento uterino intenso. Os resultados do estudo mostraram que um ciclo repetido de acetato de ulipristal proporciona eficácia continuada para as mulheres (as taxas de amenorreia foram 79,5% e 88,5% para as mulheres após o primeiro e segundo ciclos de tratamento, respectivamente. A variação percentual média da avaliação na redução do volume dos três maiores miomas foi -49,9% e -63,2%, após o primeiro e segundo ciclos de tratamento, respectivamente).
“Estamos satisfeitos com este passo significativo para o Esmya, pois significa mais possibilidades de escolha para os médicos que têm de tratar sintomas moderados a graves causados por miomas,” afirmou Erik Bogsch, Director Executivo da Gedeon Richter Plc. “Agora vamos trabalhar com as agências reguladoras locais para comunicar as implicações desta extensão do rótulo aos médicos na Europa.”
“O Esmya proporciona eficácia prolongada e contínua para a mais ampla gama de sintomas causados por miomas uterinos,” disse o Professor Jacques Donnez, que conduziu os estudos PEARL I, II e III. “A extensão da sua licença aumenta o leque de opções de tratamento pré-operatório para as mulheres com miomas uterinos e pode significar que são poupadas dos sintomas até um ano.”
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.