Mais de 15 mil doentes com hepatite C iniciaram tratamento nos últimos três anos, avança o Infarmed, em comunicado enviado às redações.
Um ano após a assinatura do protocolo de cooperação entre o Centro Hospitalar de São João (CHSJ) e a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), a hepatite C foi eliminada do Estabelecimento Prisional do Porto.
Estima-se que existam, em Portugal, 89.200 doentes com hepatite C. De acordo com os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) e tendo por base os níveis das 24 políticas de intervenção pública existentes no país, Portugal não vai alcançar a eliminação da doença até 2030.
A Universidade Católica Portuguesa (UCP) vai lançar uma plataforma on-line e uma aplicação móvel para avaliar o impacto das políticas de saúde pública na eliminação do vírus da hepatite C (VHC).
A estratégia de Portugal de combate à hepatite C foi ontem apresentada no Parlamento Europeu, em Bruxelas, com o secretário de Estado da Saúde a manifestar-se convicto de que constitui “um bom exemplo para a Europa” erradicar a epidemia.
O secretário de Estado adjunto e da Saúde reconheceu que os presos não têm tido o mesmo acesso que o resto da população aos tratamentos contra a hepatite C, uma situação que conta inverter com protocolos de cooperação ontem assinados.
O Infarmed recebeu, até agora, 34 pedidos de tratamento para o genótipo 2 do vírus da hepatite C com daclastavir, fármaco administrado em conjunto com sofosbuvir.
O cantor Rui Reininho, vocalista da banda portuguesa GNR, marcou presença na cerimónia de apresentação do relatório e programa para a área das hepatites virais, onde confessou ter capitulado muitas vezes perante o diagnóstico de hepatite c, pensando várias vezes em acabar com a vida em virtude da dureza dos tratamentos “violentíssimos” que efetuou, enaltecendo a terapia atual que, sem sofrimento, destruiu o vírus.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.