Fernando Araújo, atual presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e médico especialista em Imunohemoterapia é o novo diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A propósito dos 43 anos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, salientou que o SNS tem problemas e dificuldades, apesar de se tratar de “um serviço público em que os portugueses podem confiar”.
O Governo aprovou a 8 de setembro o decreto-lei que estabelece a criação da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), prevista no estatuto do SNS, e que tem como objetivo reforçar o papel de coordenação operacional das respostas assistenciais.
O novo Estatuto do SNS, publicado no Diário da República a 4 de agosto, permitirá dar mais autonomia aos hospitais e aos centros de saúde, não só nas contratações, mas também no investimento.
A proposta do Governo de contratar médicos indiferenciados para os Cuidados de Saúde Primários (CSP) é “uma medida que degrada a Medicina Geral e Familiar” (MGF), considera Jaime Branco, candidato a bastonário da Ordem dos Médicos.
Os sindicatos dos médicos defendem um maior investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a contratação de mais médicos, com o intuito de resolver problemas como a falta de especialistas nas Urgências.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) irá desenvolver “todos os esforços para contrariar a desagregação do SNS, pugnando pela unidade, universalidade, equidade e qualidade nas políticas, serviços e profissionais de saúde em Portugal”, apesar de a ministra da Saúde afirmar que a transferência de competências na área da saúde para as autarquias não afetará a equidade no tratamento dos doentes e que o financiamento necessário será “inteiramente assegurado” pelo Estado.
A associação entre estrabismo e doenças mentais em crianças e adolescentes, como ansiedade, esquizofrenia, doença bipolar e depressão, é de 1,23 até 2,70 vezes mais frequente do que em crianças sem estrabismo, conclui um estudo americano. Estes dados vêm levantar a questão da saúde oftalmológica no âmbito dos cuidados de saúde primários.
Neste momento os CSP encontram-se sobrecarregados de processos burocráticos inúteis, duplicados, desnecessários, que comprometem a relação médico-doente e que retiram tempo para a atividade assistencial.