O mapa de vagas para formação de médicos especialistas em 2023 é o “maior de sempre”, totalizando 2.054, mais 115 do que este ano, anunciou Manuel Pizarro. “Este mapa de vagas reforça a confiança no Serviço Nacional de Saúde (SNS), porque é o maior número de vagas que alguma vez foi aberto”, e em várias especialidades, acrescentou.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) lamentou que metade das vagas do concurso para médicos de família aberto em dezembro de 2021 tenham ficado por preencher em Lisboa e Vale do Tejo, e enumerou vários motivos para esta situação.
O Governo autorizou a abertura de 731 vagas para médicos especialistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) no segundo concurso da época de 2021, representando o maior número de vagas de sempre na época especial. Do total, 473 são na área hospitalar, 235 na área da medicina geral e familiar e 23 na área de saúde pública.
A Ordem dos Médicos (OM) considerou que as 50 vagas que ficaram por preencher no internato médico “é inédito, desolador” e revela “a gravidade da situação” que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) atravessa.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) revelou que ficaram por preencher dezenas de vagas de formação específica do internato médico, com “acentuadas assimetrias regionais”, considerando a situação “extremamente preocupante”.
O Governo autorizou o preenchimento de 2.160 postos de trabalho para categorias superiores de carreiras especiais de saúde de Enfermagem, Farmacêuticas e Técnicos Superiores de Saúde.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) responsabiliza o Governo pelo défice no preenchimento das 459 vagas para a contratação de médicos de família.
Já está publicado em Diário da República, o despacho do secretário de estado adjunto e da saúde, António Lacerda Sales, com a distribuição do contingente das 1.532 vagas do concurso de 1.ª época dos recém-especialistas nas áreas hospitalares (1.041), de Medicina Geral e Familiar (459) e de Saúde Pública (32). (Despacho n.º 6450-A/2021)
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.