A Ordem dos Médicos (OM) lamentou a demissão de dez chefes de equipa do Hospital de Santa Maria e considerou que a situação é ainda mais preocupante por envolver uma unidade de fim de linha para situações mais graves.
Dois novos aceleradores lineares e uma tomografia computorizada de planeamento que permitirão, a partir de agora, ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, realizar cerca de 40 mil tratamentos de radioterapia por ano, um investimento de cerca de sete milhões de euros.
O presidente do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte destacou hoje o “sentido de missão” dos profissionais da instituição no combate à pandemia da Covid-19, muitos dos quais em situação de exaustão, mas sem “lamentações e queixas”.
O Hospital de Santa Maria quase esgotou na quarta-feira a capacidade atual de cuidados intensivos para doentes Covid-19, com apenas uma cama livre, mas prevê alargar a capacidade para 28 vagas e, se necessário, chegar às 48.
Os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, em Lisboa, têm suspensas todas as cirurgias não urgentes que envolvam internamentos, nomeadamente atividade cirúrgica, no âmbito do alargamento da capacidade de resposta à pandemia de Covid-19.
Cerca de 50 das 60 camas de enfermaria para doentes Covid-19 do Hospital de Santa Maria têm estado ocupadas no último mês, com a equipa médica receosa que de repente surjam muitos doentes nesta segunda vaga da pandemia.
Os doentes estão a chegar mais tardiamente ao hospital e com situações mais avançada das suas doenças, alertam médicos, que reiteram o apelo para as pessoas não terem receio de ir aos serviços de saúde.
Um estudo realizado pelo Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar Universitários Lisboa Norte (CHULN), em abril e maio, revelou uma percentagem baixa de grávidas em trabalho de parto positivas à Covid-19 e todas sem sintomas da doença.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.