[caption id="attachment_5217" align="alignleft" width="300"] Um pouco maior do que na análise anterior, publicada em 2007, o estudo Eurocare-5 comparou as taxas de sobrevivência a cinco anos de nove milhões de adultos e de mais de 60.000 crianças portadores de cancro entre 2000 e 2007, num total de 29 países.
Um terço dos cancros observados tinha uma taxa de sobrevivência a cinco anos de mais de 80% em 2007, entre eles os tumores dos testículos (88%), dos lábios (88%) da tiróide (86%) e da próstata (83%)[/caption]
As taxas de sobrevivência de doentes de cancro continuam a melhorar na Europa, mas subsistem importantes disparidades para certos tipos de cancro entre os países da parte oriental e o resto do continente, segundo os resultados de um estudo agora publicado.
Um pouco maior do que na análise anterior, publicada em 2007, o estudo Eurocare-5 comparou as taxas de sobrevivência a cinco anos de nove milhões de adultos e de mais de 60.000 crianças portadores de cancro entre 2000 e 2007, num total de 29 países.
Um terço dos cancros observados tinha uma taxa de sobrevivência a cinco anos de mais de 80% em 2007, entre eles os tumores dos testículos (88%), dos lábios (88%) da tiróide (86%) e da próstata (83%).
Por seu lado, a taxa de sobrevivência a cinco anos foi inferior a 25% para cancros “malignos” como o do pâncreas, da pleura, do fígado, do esófago, dos pulmões e do cérebro.
Apesar de todos os países terem registado melhorias entre 2003 e 2007, alguns, como os países nórdicos, a Áustria, a Bélgica, França, Alemanha, Suíça, Itália, Portugal e Espanha, observaram nítidas melhorias na matéria.
Outros países como a Bulgária, a Estónia, a Letónia, a Lituânia, a Polónia e a Eslováquia permanecem na cauda, com resultados significativamente abaixo da média europeia para certos tipos de cancro de bom prognóstico.
Trata-se do cancro do cólon (47% de taxa de sobrevivência contra 57% na média europeia), do cancro do reto (45% contra 56%) ou dos linfomas (50% contra 59%).
A situação está a melhorar neste países para o cancro da mama, com a taxa de sobrevivência a cinco anos a passar de 70 para 75%, entre 1999 e 2007.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.