A Assembleia da República aprovou hoje projetos de lei do PCP, Verdes e Bloco de Esquerda para que sejam os técnicos de saúde ambiental a colher amostras para análise e despiste da bactéria Legionella.
O Hospital de São Francisco Xavier vai reformular a central de cogeração, seguindo as orientações das entidades nacionais de saúde, num investimento que ascende a um milhão de euros, de forma a minimizar o risco de surtos de legionella.
A bactéria "legionella ambiental" foi detetada no Hospital do Fundão, no entanto o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) garantiu que, até agora, não há nenhum doente infetado.
As novas regras de prevenção e combate à legionella são hoje votadas na Assembleia da República (AR), num texto final, obtido por consenso, resultado dos projetos de lei apresentados pelo BE, PCP, PAN e PEV.
Os responsáveis por equipamentos de maior risco para a infeção por legionella vão ser obrigados a registo, a ter planos de prevenção e ser sujeitos a auditorias trienais, segundo legislação aprovada ontem em Conselho de Ministros.
Os doentes infetados com legionella no Hospital CUF Descobertas (CUF) eram menos vulneráveis do que os do Hospital de São Francisco Xavier (HSFX), o que explicará a ausência de mortes na unidade privada, segundo a diretora-geral da Saúde, para quem os surtos são “treinos na vida real”.
Portugal registou no ano passado 233 casos de infeção por legionella, sendo 174 casos isolados e 59 do surto do Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa.
A coordenadora do BE disse que é urgente entrar em vigor a lei aprovada pelo Parlamento para que voltem a ser feitas inspeções regulares para deteção da bactéria legionella.
A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.