O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) lamentou que metade das vagas do concurso para médicos de família aberto em dezembro de 2021 tenham ficado por preencher em Lisboa e Vale do Tejo, e enumerou vários motivos para esta situação.
O Governo autorizou a abertura de 731 vagas para médicos especialistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) no segundo concurso da época de 2021, representando o maior número de vagas de sempre na época especial. Do total, 473 são na área hospitalar, 235 na área da medicina geral e familiar e 23 na área de saúde pública.
A Ordem dos Médicos (OM) considerou que as 50 vagas que ficaram por preencher no internato médico “é inédito, desolador” e revela “a gravidade da situação” que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) atravessa.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) revelou que ficaram por preencher dezenas de vagas de formação específica do internato médico, com “acentuadas assimetrias regionais”, considerando a situação “extremamente preocupante”.
O Governo autorizou o preenchimento de 2.160 postos de trabalho para categorias superiores de carreiras especiais de saúde de Enfermagem, Farmacêuticas e Técnicos Superiores de Saúde.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) responsabiliza o Governo pelo défice no preenchimento das 459 vagas para a contratação de médicos de família.
Já está publicado em Diário da República, o despacho do secretário de estado adjunto e da saúde, António Lacerda Sales, com a distribuição do contingente das 1.532 vagas do concurso de 1.ª época dos recém-especialistas nas áreas hospitalares (1.041), de Medicina Geral e Familiar (459) e de Saúde Pública (32). (Despacho n.º 6450-A/2021)
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera que a ministra da Saúde omitiu dados sobre a contração de profissionais para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), na recente discussão do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) no Parlamento, advogando que as vagas não foram todas preenchidas.
Sou do tempo em que, na Zona Centro, não se conhecia a grelha de avaliação curricular, do exame final da especialidade. Cada Interno fazia o melhor que sabia e podia, com os conselhos dos seus orientadores e de internos de anos anteriores. Tive a sorte de ter uma orientadora muito dinâmica e que me deu espaço para desenvolver projectos e actividades que me mantiveram motivada, mas o verdadeiro foco sempre foi o de aprender a comunicar o melhor possível com as pessoas que nos procuram e a abordar correctamente os seus problemas. Se me perguntarem se gostaria de ter sabido melhor o que se esperava que fizesse durante os meus três anos de especialidade, responderei afirmativamente, contudo acho que temos vindo a caminhar para o outro extremo.