A Associação Portuguesa dos Técnicos de Radiologia, Radioterapia e Medicina Nuclear (ATARP) frisou a necessidade de reforço da “capacidade humana e técnica” deste grupo profissional, que quer “fazer parte da solução na melhoria das condições”.
A Ordem dos Médicos (OM) vai rever a forma como é utilizada a telerradiologia nos hospitais, considerando que tem havido um recurso abusivo destes exames à distância e que é preciso clarificação.
O Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) garantiu, hoje, que os utentes do Hospital de São José não vão ser prejudicados pelo recurso à telerradiologia, devido à falta de um médico radiologista no turno da noite.
O Governo dos Açores anunciou hoje a abertura de um concurso para recrutar 42 médicos, de várias especialidades, para os três hospitais e oito unidades de saúde no arquipélago, por ser “premente fazer face ao crescente número de aposentados”.
A autorização para abertura dos procedimentos de recrutamento no âmbito das entidades públicas empresariais no setor da Saúde foi hoje publicada no Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores e há agora um prazo de três meses para se realizar.
O executivo açoriano adiantou que a abertura das 42 vagas resultou do levantamento das necessidades efetuado junto dos serviços de saúde. Onze vagas destinam-se à categoria de medicina geral e familiar nas Unidades de Saúde de ilha de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Faial, Pico, Corvo, São Jorge e Flores.
Quanto aos três hospitais açorianos, distribuídos pelas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial, pretende-se recrutar especialistas de Ortopedia (três), Cardiologia (dois), Cirurgia Geral (dois), Medicina Interna (dois), Anestesiologia (dois), Nefrologia (dois), Patologia Clínica (dois), Pediatria (dois), Psiquiatria (dois), Radiologia (dois), Pneumologia (um), Infecto-contagiosas (um), Medicina Intensiva (um), Urologia (um), Otorrinolaringologia (um), Gastrenterologia (um), Estomatologia (um) e Cirurgia Vascular (um)
Sem prejuízo das restrições em vigor no país, o Governo dos Açores argumenta que “não se pode descurar que o número de médicos na categoria de assistente graduado sénior”, por ser “fundamental no âmbito do internato médico, para efeitos de reconhecimento da idoneidade formativa dos serviços e estabelecimentos”.
Para além disso, faz notar que a existência de um maior ou menor número de médicos detentores desta categoria “influencia decisivamente” o funcionamento dos serviços integrados no Serviço Regional de Saúde.
[caption id="attachment_6105" align="alignleft" width="300"] No relatório de uma auditoria a propósito dos equipamentos de imagiologia em quatro hospitais portugueses, a IGAS diz que foram detectadas irregularidades no que respeita às acumulações de funções de profissionais de saúde dos serviços de radiologia/imagiologia. A auditoria, realizada no ano passado, abrangeu os centros hospitalares de São João, Universitário de Coimbra, de Lisboa Norte e o Hospital Fernando Fonseca[/caption]
A Inspecção-geral das Actividades em Saúde (IGAS) detectou situações de acumulação de funções de trabalhadores do Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) sem autorização e que levantam dúvidas quanto à veracidade de registos de assiduidade.
No relatório de uma auditoria a propósito dos equipamentos de imagiologia em quatro hospitais portugueses, a IGAS diz que foram detectadas irregularidades no que respeita às acumulações de funções de profissionais de saúde dos serviços de radiologia/imagiologia.
A auditoria, realizada no ano passado, abrangeu os centros hospitalares de São João, Universitário de Coimbra, de Lisboa Norte e o Hospital Fernando Fonseca.
À excepção do Centro Hospitalar de São João, nas outras unidades os processos individuais dos trabalhadores não mostravam os pedidos de acumulação de funções com exercício em entidades privadas, nem a respectiva autorização.
No Hospital Fernando Fonseca foram detectados três trabalhadores que acumulam funções no Centro Hospitalar de Lisboa Norte – CHLN (no Hospital Pulido Valente) “sem que tenham sido encontradas evidências dos pedidos de acumulação e da sua autorização”.
Do registo de assiduidade destes trabalhadores em maio e Junho do ano passado, a IGAS encontrou situações que suscitam dúvidas quanto à sua veracidade, bem como quanto à fiabilidade do trabalho efectivamente prestado.
No caso de um dos trabalhadores, os registos chegaram a mostrar que, num mesmo dia, marcou a saída do CHLN às 14:12 e deu entrada no Fernando da Fonseca às 14:04 e noutro dia diferente registou a saída de uma unidade às 15:00 e a entrada noutra às 14:04.
“Concluiu-se que o trabalhador apresenta períodos de trabalho coincidentes nos dois organismos, bem como o lapso temporal que medeia o registo de saída numa entidade e os de entrada na outra, é muito curto”, refere a IGAS no relatório a que a Lusa hoje teve acesso.
Uma outra trabalhadora com acumulação efectiva de funções não compareceu num dia no Hospital Pulido Valente por motivo de doença, mas registou a sua presença no Fernando da FoNseca, o que “suscita dúvidas quanto à veracidade da justificação”.
No terceiro caso reportado pela IGAS sobre profissionais em acumulação de funções, dá-se conta de outra trabalhadora que, pelos registos, desempenhou funções sem qualquer interrupção entre as 20:00 do dia 24 de Maio e as 14:00 do dia 26 de Maio, sem tempo de intervalo entre a saída de uma entidade e a entrada na outra.
“Dada a natureza das situações verificadas, estas serão objecto de informação autónoma”, refere o relatório.
Sou do tempo em que, na Zona Centro, não se conhecia a grelha de avaliação curricular, do exame final da especialidade. Cada Interno fazia o melhor que sabia e podia, com os conselhos dos seus orientadores e de internos de anos anteriores. Tive a sorte de ter uma orientadora muito dinâmica e que me deu espaço para desenvolver projectos e actividades que me mantiveram motivada, mas o verdadeiro foco sempre foi o de aprender a comunicar o melhor possível com as pessoas que nos procuram e a abordar correctamente os seus problemas. Se me perguntarem se gostaria de ter sabido melhor o que se esperava que fizesse durante os meus três anos de especialidade, responderei afirmativamente, contudo acho que temos vindo a caminhar para o outro extremo.