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A Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprovou a utilização do Cimzia durante a gravidez e amamentação em mulheres que sofrem de doenças reumáticas inflamatórias crónicas.

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VimpatO INFARMED acaba de aprovar a comparticipação de Vimpat (lacosamida), medicamento da UCB, para o mercado português, informa a companhia em comunicado. Vimpat é um fármaco de prescrição médica, adjuvante de outros medicamentos anticonvulsivos, utilizado no tratamento de crises parciais não controladas, em pessoas epilépticas com idade superior a 16 anos, inclusive.

A aprovação agora anunciada baseou-se em dados de três ensaios clínicos multicêntricos, aleatorizados, controlados com placebo, que avaliaram a eficácia e segurança de Vimpat enquanto tratamento adjuvante em 1.300 pacientes com convulsões parciais, de idade igual ou superior a 16 anos, que não estavam adequadamente controlados com a medicação entre 1 a 3 epilépticos, e com ou sem estimulação adicional do nervo vago. Os pacientes que participaram nos ensaios possuíam, em média, 10-15 crises por mês e a grande maioria (84%) não conseguiam controlá-las com 2 a 3 epilépticos.

"A comparticipação de Vimpat é uma excelente notícia para profissionais de saúde e doentes. Na minha prática clínica, tive conhecimento de histórias dramáticas de familiares de doentes que necessitaram de fazer um esforço enorme para adquirir o medicamento, antes de estar comparticipado. Estamos a falar de doentes com formas de epilepsia refractária, que já tentaram inúmeros fármacos sem sucesso, existindo sempre a esperança de que algum dos novos fármacos pudesse vir a fazer alguma diferença. A introdução desta nova terapêutica é um marco em Portugal e serve dois propósitos que andam interligados: aumento das possibilidades de alguns doentes verem a sua doença mais controlada e maior experiencia com o fármaco por parte dos clínicos, o que resulta numa melhoria do tratamento dos doentes”, afirma o Dr. Francisco Sales, Neurologista e ex-presidente da Liga Portuguesa contra a Epilepsia.

Nos ensaios clínicos, Vimpat melhorou o controlo das crises, quando adicionado a uma ampla gama de medicamentos antiepilépticos de primeira e segunda geração. A análise conjunta mostra que o tratamento com Vimpat 200 mg/dia e 400 mg/dia reduziu as crises para metade, em 34% e 40% de pacientes com crises epilépticas parciais, respectivamente, em comparação com 23% no grupo do placebo.

Estudos pré-clínicos indicam que Vimpat tem um novo modo de acção, conseguindo modular a actividade do canal de sódio de modo diferente, em comparação com o outro canal de sódio que bloqueia os antiepilépticos. Os canais de sódio desempenham um papel crucial na regulação da actividade do sistema nervoso, ajudando as células nervosas a comunicarem entre si. Por vezes, os canais de sódio tornam-se hiperactivos de forma anormal e podem produzir uma convulsão. O modo de acção Vimpat foi pensado para reduzir a actividade anormal deste canal de sódio. A regulação da actividade das células nervosas pode contribuir para o controlo de ataques.

Num outro estudo de longo prazo, os pacientes tratados com Vimpat conseguiram reduções sustentadas nas crises parciais. Setenta e sete por cento dos 370 pacientes que participaram neste estudo aberto completaram 12 meses de tratamento com Vimpat, 61% concluíram, pelo menos, 24 meses, e 56% completaram, pelo menos, 30 meses de tratamento. Vimpat foi aprovado como comprimido oral (50 mg, 100 mg, 150 mg, 200 mg), e para permitir a de opções de dosagem adicionais.

A epilepsia é um distúrbio neurológico crónico, causado por descargas eléctricas excessivas anormais das células nervosas ou neurónios no cérebro, que afecta 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, estima-se que existam cerca de 50 mil pessoas a viver com a doença. Aproximadamente 20-30% das pessoas que vivem com epilepsia têm convulsões não controladas ou efeitos colaterais significativos secundários da medicação, destacando assim a necessidade permanente de desenvolvimento de novas terapêuticas antiepilépticas.

 

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O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde
Editorial | Joana Torres
O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde

A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.