O Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) perdeu a capacidade formativa em pneumologia para 2019, segundo o mapa de vagas de acesso à especialidade, revelou a Ordem dos Médicos (OM).
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou pelo menos dois casos de tentativa de coagir médicos internos a não aderirem à greve nacional de três dias, que teve início ontem.
Mais de uma centena de médicos internos entregaram ontem uma carta aos deputados a alertar para os “efeitos nefastos” do novo Regime Jurídico do Internato Médico (RJIM) na qualidade da formação médica em Portugal.
Os médicos internos passam a ter um limite de 12 horas semanais de trabalho nos serviços de urgência e nos cuidados intensivos, a cumprir num único período, segundo um despacho publicado ontem em Diário da República.
Os médicos em formação só vão poder trabalhar um máximo de 12 horas semanais em serviço de urgência, uma alteração legislativa que o Governo está a finalizar para evitar o recurso excessivo a internos.
Os administradores hospitalares desconhecem que haja médicos internos a fazerem urgência sozinhos, mas lembram que quem faz as escalas são médicos e que qualquer irregularidade deve ser corrigida para garantir a qualidade dos serviços de saúde prestados.
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) denuncia que há uma “exploração ignóbil” e “ilegal” dos médicos internos em alguns grandes hospitais e avisa que a situação pode ter implicações disciplinares.
Proposta de decreto-lei prevê regresso de incentivos para os internos que escolham hospitais no interior do país, com a condição de exercerem nesses locais durante, pelo menos, três anos.
Sou do tempo em que, na Zona Centro, não se conhecia a grelha de avaliação curricular, do exame final da especialidade. Cada Interno fazia o melhor que sabia e podia, com os conselhos dos seus orientadores e de internos de anos anteriores. Tive a sorte de ter uma orientadora muito dinâmica e que me deu espaço para desenvolver projectos e actividades que me mantiveram motivada, mas o verdadeiro foco sempre foi o de aprender a comunicar o melhor possível com as pessoas que nos procuram e a abordar correctamente os seus problemas. Se me perguntarem se gostaria de ter sabido melhor o que se esperava que fizesse durante os meus três anos de especialidade, responderei afirmativamente, contudo acho que temos vindo a caminhar para o outro extremo.