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Conselho Popular

A Comissão Municipal de Acompanhamento do Hospital de Peniche manifestou-se hoje junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa, onde entregou uma carta aberta a exigir garantias de que o serviço de urgência básica da unidade não vai encerrar.

Constituída por membros representantes da câmara e da assembleia municipal de todas as forças políticas, a Comissão Municipal de Acompanhamento do Hospital S. Pedro Gonçalves Telmo de Peniche referiu estar contra a pretensão de “terminar com o Hospital de Peniche, passando a um centro de saúde, fazendo com que o serviço de urgência deixa de estar integrado na rede de serviços de urgência básica em termos nacionais, passando a ser uma valência que encerraria à meia-noite”.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Peniche, António José Correia, referiu que se previa “a realização de obras no serviço de urgência para dignificar o serviço” prestado, mas “deixaram de estar previstas”, lamentou.

Segundo o autarca, o serviço de urgência continua a funcionar, mas não nas condições que se desejaria: “Não tem condições e drena muitas situações para outros hospitais, particularmente para Caldas da Rainha, que já por si está completamente incapacitado” para receber mais utentes.

“Os sinais de preocupação são evidentes em toda a região, mas obviamente que o nosso território é o que mais sente porventura a desorganização que se vive na resposta hospitalar. Desconhecemos qual é o verdadeiro projecto para o Centro Hospitalar do Oeste”, lê-se na carta aberta entregue hoje pela comissão.

O Hospital de Peniche está inserido no Centro Hospitalar do Oeste, que incorpora também os hospitais das Caldas da Rainha, Alcobaça e Torres Vedras, prestando serviço a uma população directa de cerca de 300 mil habitantes.

Segundo António José Correia, o concelho abrange “cerca de 28 mil habitantes, mas nesta época de verão, por um lado mais do que triplica o número de pessoas e por outro lado a natureza da actividade primária e o turismo centrados no mar deve ser tida em conta relativamente às deslocações” para outras unidades hospitalares.

“Desde Outubro de 2011 que, sem sucesso, temos vindo a solicitar uma audiência ao ministro da Saúde, Paulo Macedo”, para esclarecer a situação da reorganização dos centros hospitalares, explicou o autarca para justificar a deslocação a Lisboa.

A Comissão de Acompanhamento do Hospital de Peniche acabou por ser recebida por uma secretária-geral do Ministério da Saúde e por um membro do gabinete do secretário de Estado adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, onde entregou a carta aberta a explicou o problema.

“Não podemos continuar à espera, perante tantas promessas incumpridas e perante uma degradação das condições de atendimento que motiva legítimas apreensões a todos os penichenses e aos que nos visitam”, lê-se na carta.

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Sala de urgência

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) estima criar, dentro de duas ou três semanas, mais dez camas de internamento de doentes urgentes no hospital de Peniche para diminuir o número de macas nos corredores da urgência das Caldas da Rainha.

A criação de mais dez camas em Peniche foi uma das soluções avançadas ontem pela directora clínica do CHO, Isabel Carvalho, para “reduzir as dificuldades” do serviço de urgência do Hospital das Caldas da Rainha, mas a medida só deverá estar a funcionar “dentro de duas ou três semanas”. A medida foi divulgada numa conferência de imprensa em que a médica reagiu às críticas da Ordem dos Enfermeiros (OE) sobre o serviço de urgência do hospital das Caldas da Rainha, que forma o CHO juntamente com os de Peniche e Torres Vedras.

A OE considera “caótico” o funcionamento do serviço, onde se chegam a acumular entre 40 a 50 macas nos corredores, permanecendo os doentes cerca de quatro dias nessas condições.

Isabel Carvalho explicou ontem que “o principal problema é a estrutura física das urgências”, onde a administração do CHO também pretende efectuar melhorias, mas “só o poderá fazer no verão para manter o serviço a funcionar enquanto decorrem as obras”.

Até lá, a médica admitiu que o número de doentes em macas se mantenha elevado, já que a urgência “tem sido procurada por doentes cada vez mais idosos, com maior número de patologias associadas, cuja recuperação é lenta e que precisam de ficar mais tempo na urgência”.

De acordo com a directora clínica, o hospital tem-se defrontado com “a necessidade de responder a problemas sociais”, já que muitos dos doentes idosos entram nas urgências e “já não têm condições para voltar para casa”, mantendo-se internados “à espera de uma resposta social”. Em alguns casos “os idosos recusam ser encaminhados para um lar”, noutros “as famílias que se deviam responsabilizar por eles recusam-nos” e, noutros ainda, “ficam à espera de que haja vagas em unidades de cuidados continuados”, concretizou. “Não podemos fechar a porta nem pôr os doentes na rua, temos que os tratar”, firmou a responsável.

O CHO tem actualmente 33 camas de internamento no serviço de medicina das Caldas da Rainha, 60 no hospital de Torres Vedras e 20 no hospital de Peniche, que passará contar com mais 10 para responder aos picos de procura das urgências.

Para além das populações daqueles concelhos, abrange as de Óbidos, Bombarral, Cadaval, Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra, servindo mais de 292.500 pessoas.

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[caption id="attachment_5793" align="alignleft" width="300"]sindicatodosenfermeirosportugueses “Estamos confiantes de que Ministério da Saúde e todas as forças políticas aqui da região ainda possam tentar travar este processo, mas se se efectivar a cessão dos contratos, apelamos a que estes enfermeiros possam rapidamente a vir a ser chamados para fazer novo contrato como aconteceu noutras instituições”, disse hoje à agência Lusa Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).[/caption]

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses apelou  ao Ministério da Saúde para que trave o despedimento de 30 enfermeiros do Centro Hospitalar do Oeste ou, caso o processo avance, que crie condições para sejam rapidamente readmitidos.

“Estamos confiantes de que Ministério da Saúde e todas as forças políticas aqui da região ainda possam tentar travar este processo, mas se se efectivar a cessão dos contratos, apelamos a que estes enfermeiros possam rapidamente a vir a ser chamados para fazer novo contrato como aconteceu noutras instituições”, disse  à agência Lusa Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

Em causa está o despedimento de 30 enfermeiros subcontratados através da empresa Tónus, anunciado pelo conselho de administração do CHO (Centro Hospitalar do Oeste), que justificou as rescisões com o aumento do horário semanal da função pública de 35 para 40 horas, o que, no caso da carreira de enfermagem, resultou num “excedente de 60 enfermeiros” nas unidades das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras.

Argumentos que não convencem o SEP, cuja dirigente reuniu hoje com a Câmara das Caldas da Rainha para “dar a conhecer todas as dificuldades com que o CHO se debate”, entre as quais “os 3000 dias [de folgas não gozadas] em divida aos enfermeiros, a diminuição número de profissionais por turno, o aumento das dotações dos serviços através da utilização de macas e o mascarar de dados no que diz respeito à dotação de enfermeiros pelo número de tempo prolongado no serviço de urgência quando já têm processos de internamento em outros serviços”.

Para o SEP, são dificuldades que “determinam que todos os enfermeiros subcontratados deveriam continuar a exercer funções nestas três unidades hospitalares” e que vão ser questionadas pelo executivo numa reunião com o conselho de administração do CHO, agendada para a próxima sexta-feira.

Ainda que a reunião aconteça um dia depois da data prevista para o despedimento de 20 dos 30 enfermeiros (devendo os restantes sair da instituição até Março), o sindicato espera que se se efectivar a não renovação dos contratos, “o ministro [da Saúde, Paulo Macedo], tenha consciência do compromisso que assumiu, de que nenhum enfermeiro seria despedido” e que “rapidamente disponibilize vagas para que possam ser feitos contratos a termos cerro com estes profissionais”.

A não renovação dos contratos com os 30 enfermeiros tem sido contestada pelo sindicato e pelos profissionais, que em Novembro de 2013 se manifestaram em frente às urgências.

Os enfermeiros promoveram depois uma venda de produtos em frente ao Ministério da Saúde, mas os protestos não dissuadiram a administração, que mantém a intenção de os dispensar.

O CHO serve os concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra, num total de mais de 292.500 pessoas.

 

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[caption id="attachment_5366" align="alignleft" width="300"]centrohospitalardooeste Além da consulta programada, o serviço faz o acompanhamento do doente alérgico, ensinando por exemplo a técnica inalatória, administrando a chamada ‘vacina da alergia' ou realizando testes cutâneos. Asma brônquica, rinite, sinusite, conjuntivite alérgica, eczema, urticária e alergias várias podem ser diagnosticadas e tratadas na consulta de imunoalergologia[/caption]

O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) anunciou hoje a abertura da consulta de imunoalergologia no hospital de Torres Vedras, prevendo alargá-la no início do próximo ano a Caldas da Rainha, evitando deslocações dos cidadãos aos hospitais em Lisboa.

O CHO informou, em comunicado, que o serviço "está a funcionar na consulta externa de Torres Vedras e conta com um médico especialista, que trabalha em articulação com uma equipa de enfermagem com formação específica nesta área".

O centro hospitalar adiantou que está previsto o alargamento da valência ao hospital de Caldas da Rainha "já no início de 2014", garantindo aos cidadãos da região Oeste "cuidados de saúde de proximidade ao nível do serviço público" e evitando deslocações aos hospitais em Lisboa.

Além da consulta programada, o serviço faz o acompanhamento do doente alérgico, ensinando por exemplo a técnica inalatória, administrando a chamada ‘vacina da alergia' ou realizando testes cutâneos.

Asma brônquica, rinite, sinusite, conjuntivite alérgica, eczema, urticária e alergias várias podem ser diagnosticadas e tratadas na consulta de imunoalergologia.

A consulta vai dar resposta não só aos doentes referenciados internamente pelas várias unidades hospitalares do CHO, como também pelos centros de saúde desta região, englobando nesta primeira fase apenas crianças e jovens até aos 18 anos.

A área de influência do CHO abrange as populações das Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com excepção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estevão das Galés e Venda do Pinheiro), servindo mais de 292.500 pessoas.

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O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde
Editorial | Joana Torres
O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde

A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.