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O Desafio da Gestão e Tratamento da Dor Neuropática Periférica Induzida por Quimioterapia foi o tema do simpósio Grünenthal, no âmbito do 30.º Congresso Medicina da Dor 2023, organizado pela ASTOR, no dia 3 de fevereiro, no ISCTE, em Lisboa. Saiba mais na edição 139 do Jornal Médico.

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Quimioterapia

Quase metade dos doentes com cancro da mama encaminhados para quimioterapia podia ser poupada a esse tratamento invasivo, caso fosse aplicado um teste genómico ao tumor que já existe em Portugal, mas que custa perto de 3.000 euros.

Um estudo europeu publicado esta semana, que seguiu 6.600 doentes com cancro da mama em nove países europeus durante mais de cinco anos, concluiu que o teste ‘MammaPrint’ permite poupar a quimioterapia a 46% dos casos de doentes com cancro da mama precoce que, pelos critérios tradicionais, a fariam.

Segundo a médica Fátima Cardoso, que é a investigadora principal do estudo, a comunidade científica tem consciência que uma grande percentagem de doentes com cancro da mama precoce é sobretratada.

Isto deve-se ao facto de o cancro da mama só ser curável em fase precoce, uma vez que quando aparecem metástases (doença à distância ou recidiva) a doença torna-se incurável. Por essa razão, em caso de dúvida sobre o risco de recidiva, os médicos preferem fazer quimioterapia.

Uma questão crucial é como identificar os tumores precoces com um risco de recidiva tão baixo que permita prescindir de quimioterapia.

“Na prática clínica, decide-se se a quimioterapia será necessária ou não baseada em caraterísticas patológicas do tumor e características do doente. Mas há casos de tumores com as mesmas caraterísticas, que recebem o mesmo tratamento mas cujo comportamento é completamente diferente. Ou seja, existem outras características que são fundamentais para o risco de recidiva”, explicou a investigadora da Fundação Champalimaud Fátima Cardoso.

Usou-se uma nova tecnologia para analisar o genoma do tumor, traçar uma espécie de bilhete de identidade, olhando para os seus 44 mil genes e tentando encontrar caraterísticas que diferenciem entre baixo e alto risco de recidiva.

Foi assim descoberta uma assinatura de 70 genes (MammaPrint) que permite fazer essa distinção. O estudo avaliou este novo teste em associação aos critérios patológicos e clínicos tradicionais.

Avaliou-se o risco de recidiva das 6.600 doentes do estudo pela forma tradicional e também com o novo teste genómico MammaPrint.

Quando os dois métodos indicavam que o tumor era de alto risco, encaminhava-se o doente para quimioterapia. Quando a indiciação de ambos era de risco baixo, não se aplicava quimioterapia.

Em caso de discordância na resposta dada pelos dois métodos – o que acontece em cerca de um terço dos casos – os investigadores propuseram-se perceber qual devia ser o método seguido.

Dividiram os doentes e metade seguiu o método de avaliação de risco tradicional do tumor e outra metade o risco apontado pelo MammaPrint.

“O estudo concluiu que quando os critérios tradicionais indicam alto risco mas o teste genómico diz baixo risco não precisamos de fazer quimioterapia. Na verdade, permite poupar quimioterapia a 46% de pessoas que normalmente fariam quimioterapia pelos critérios tradicionais”, indicou Fátima Cardoso.

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O trabalho de investigação de Elisabete Marques, na área oncológica, que pretende tornar as células cancerígenas menos resistentes à quimioterapia, foi distinguido com a medalha de honra de uma empresa de cosmética para as Mulheres na Ciência 2015.

A investigadora da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Elisabete de Oliveira Marques, recebeu a distinção, que, segundo um comunicado da instituição universitária, “visa reconhecer e incentivar o trabalho das mais promissoras jovens cientistas que desenvolvam a sua pesquisa em instituições portuguesas, com projetos originais no âmbito das ciências da saúde e do ambiente”.

A investigação de Elisabete Marques “tem como objetivo o desenvolvimento de nanopartículas luminescentes biodegradáveis, para descoberta de novos biomarcadores, e para servirem de veículo na libertação controlada de fármacos (Doxorrubicina e a Camptotecina) em células cancerígenas, e assim contribuir para o combate à resistência a quimioterapia convencional”.

Em comunicado, a faculdade destaca o caráter “inovador” do projeto, que “poderá contribuir para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que abrange a criação de um dispositivo de tratamento não invasivo (via oral)”.

Lusa

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Hospital Divino Espírito Santo - São MiguelO hospital da ilha Terceira recorre desde sexta-feira ao de Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, para a preparação dos tratamentos de quimioterapia devido a "problemas técnicos" nas câmaras de fluxo laminar.

"O hospital tem as duas câmaras com problemas técnicos, mas amanhã [quinta-feira] sem falta a situação fica resolvida numa delas", salientou, em declarações à Lusa, Raquel Louro, presidente do conselho de administração do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, nos Açores.

Desde sexta-feira que os tratamentos de quimioterapia são preparados em São Miguel e enviados para a ilha Terceira por avião, pelo que os horários de administração do tratamento tiveram de ser ajustados aos horários dos voos, como adiantou ontem a Antena 1/Açores.

Ainda assim, Raquel Louro salientou que desta forma foi possível garantir que os utentes tinham acesso aos ciclos de quimioterapia já definidos.

Segundo a presidente do conselho de administração, o hospital tem duas câmaras de fluxo laminar, mas necessita apenas de uma para preparar os tratamentos. A segunda câmara serve apenas para substituir a que está em utilização neste tipo de situações, mas, neste caso, estava também com problemas técnicos.

Raquel Louro disse que a câmara que estava a ser utilizada deverá voltar a entrar em funcionamento "no decorrer da próxima semana", mas a outra deverá estar pronta a utilizar hoje.

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O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde
Editorial | Joana Torres
O (Des)alento da Medicina Geral e Familiar no Serviço Nacional de Saúde

A atual pressão que se coloca nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) em Portugal é um presente envenenado para os seus utentes e profissionais de saúde.